Magda Becker Soares esteve à frente de ações pioneiras na educação pública brasileira. Nos anos 1960, durante sua atuação no Colégio Universitário da UFMG, propôs uma forma inovadora de ensinar e aprender, impactando profundamente uma geração. Sua bagagem de experiências exitosas inclui a organização da Faculdade de Educação da UFMG, transformando-a em um centro de excelência na área. Na década de 1970, ela elaborou uma coleção pioneira de livros didáticos para o ensino de língua portuguesa, utilizada por crianças em todo o país.

Magda institucionalizou a pesquisa sobre alfabetização, leitura e escrita ao criar o Centro de Alfabetização Leitura e Escrita (Ceale), que se tornou um dos centros de pesquisa mais importantes do mundo. Além disso, desenvolveu o projeto Alfaletrar, uma plataforma que divulga ações, materiais e cursos online, oferecendo subsídios a municípios interessados em adotar sua metodologia voltada à linguagem escrita na Educação Infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental.

Magda Soares possuía também vasta experiência como consultora de redes de ensino, com foco no Ensino Infantil. Em 2017, recebeu o Prêmio Jabuti, o maior prêmio brasileiro para escritores. A professora emérita da UFMG faleceu em 1º de janeiro de 2023, aos 90 anos.

Durante os anso de 2020 e 2021, a pandemia impôs desafios significativos para escolas, principalmente para aquelas locailzadas em áreas rurais com conectividade limitada. A Secretaria Estadual de Educação (SEE) criou os Planos de Estudos Tutorados (PET), materiais didáticos online, mas a falta de acesso à internet impedia que os estudantes utilizassem esses recursos, comprometendo a educação remota.

Confrontada com essa situação, Niliana Renata Miranda Campos decidiu imprimir os PETs para assegurar que todos os alunos tivessem acesso ao conteúdo. Com a capacidade da máquina de xerox da escola esgotada, ela obteve um equipamento adicional para suprir a demanda. Contudo, a entrega dos materiais impressos tornou-se um desafio pela ausência de transporte.

Determinada, Niliana usou sua motocicleta para distribuir os materiais diretamente nas residências dos alunos. Conduziando sua moto por mais de 80 km diariamente em estradas difíceis, repletas de lama e pontes estreitas, ela superou todos os obstáculos. Segundo seus relatos, essa experiência permitiu-lhe conhecer melhor os estudantes e compreender profundamente a realidade de cada um. Nenhum obstáculo foi capaz de impedir suas iniciativas em prol da comunidade.

Nascida em Coração de Jesus, Minas Gerais, Maria Isabel Magalhães Figueiredo Sobreira mudou-se para Montes Claros em 1950, junto com sua irmã gêmea e outros dois irmãos. Ela se graduou em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais e aprimorou seus estudos em Paris e Londres, frequentando a Université de Paris - Sorbonne e o Instituto Nacional de Administração Escolar.

Em Montes Claros, Maria Isabel foi uma das fundadoras da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL), que mais tarde integrou a Fundação Norte Mineira de Ensino Superior, hoje conhecida como Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Durante seu tempo como Secretária Municipal de Educação de Montes Claros, elevou o ensino municipal ao mais alto grau de qualidade. Implementou a política de cargos e salários de todos os servidores da educação e introduziu um projeto piloto inovador e de grande significado: a escola de tempo integral. 

Na Unimontes, ela foi responsável pela introdução de cursos de pós-graduação Lato e Stricto Sensu, além de estabelecer programas de capacitação docente tanto para o ensino superior quanto para a educação básica, com financiamentos da CAPES e do governo francês. Maria Isabel foi fundamental na organização de debates sobre políticas públicas educacionais, trazendo teóricos e autores renomados para discussões, e incentivou continuamente suas alunas a buscar qualificações em universidades brasileiras e estrangeiras.

Formada em Economia, Zuleica Reis Ávila iniciou sua trajetória educacional em 1981 como Diretora Administrativa do Colégio Santa Dorotéia. De 2017 a 2021, foi presidente do SINEP/MG, destacando-se na gestão do sindicato, especialmente durante a pandemia, que trouxe grandes desafios para as escolas particulares.

Durante sua gestão, para além de potencializar a qualidade dos serviços, assessorias, capacitações e convênios, aproximou a rede privada da rede pública. Trabalhou colaborativamente com a SEE/MG e o CEE/MG na elaboração do Currículo Referência de MG e outras normas educacionais. Recentemente, assumiu a gestão estadual do Instituto ELA – Educadoras do Brasil, uma organização sem fins lucrativos que visa a elaboração de ações afirmativas na área educacional.

Enilda Costa Fagundes, assessora da Superintendência Técnica do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais, tem uma carreira extensa dedicada à educação em Minas Gerais. Desde 1991, acumulou experiências como professora primária, no Curso Normal, na Superintendência Regional de Ensino e na Secretaria de Estado de Educação. Nestas mais de três décadas no Conselho, ela analisou centenas de processos, respondeu a inúmeras consultas e participou de várias comissões e grupos de trabalho, utilizando sua especialização em legislação educacional para orientar profissionais em todos os níveis do sistema de ensino.

Um exemplo do seu compromisso é a história de Seu Joaquim, um idoso que buscava reconhecimento de seu ensino primário para se aposentar. Depois de muitas dificuldades e sem apoio da escola ou da regional, ele finalmente encontrou em Enilda uma aliada que se empenhou pessoalmente em sua causa, resultando na obtenção de seu diploma. A alegria de Seu Joaquim reflete a dedicação de Enilda, que compartilha a felicidade das conquistas de cada indivíduo que ajuda. Com zelo e competência, ela impactou significativamente a vida de muitos cidadãos, trabalhando para superar desafios burocráticos e melhorar continuamente o Sistema de Ensino de Minas Gerais.